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Prazer em conhecer

 

 

 

 

 

 

 

 

 

     Benvindo ao Departamento de História e Filosofia da University of the West Indies, campus Cave Hill (Barbados). É com grande satisfação que nós aqui em Barbados saudamos a cooperação com estudantes e professores brasileiros no sentido de promover a história africana e a história da diáspora negra dentro do projeto do Nossas Africas – Aproximando Culturas, que visa criar livre acesso a material didático e a debates contemporâneos sobre a história dos negros no Brasil e no mundo.

      Barbados é uma pequena ilha do Caribe inglês, que tornou-se independente do Império Britânico em 1966. A língua nacional é, portanto, o inglês e muitas das tradições culturais têm a ver com a herança colonial britânica, como o chá das cinco, as corridas de cavalos e o cricket como esporte nacional. A população é de 280 mil habitantes, sendo mais de 95% afro-descendentes. Nos 48 anos de independência Barbados conseguiu erradicar o analfabetismo e promover uma qualidade de vida a seus cidadãos que levou a ONU a classificar a ilha como um país desenvolvido, juntamente com países da Europa ocidental, com o Canadá e os Estados Unidos. A inauguração de um campus da University of the West Indies na ilha, em 1963 – ainda sob o domínio inglês – influenciou grandemente o processo político da busca da independência e forneceu quadros para a elite intelectual local. Até então, aqueles que buscavam uma especialização profissional ou uma carreira universitária estavam compelidos a solicitar bolsas de estudos da Coroa Britânica e realizarem seus estudos na Inglaterra.

        O departamento de história foi um dos primeiros a se formar dentro do campus. Desde o início, tópicos relacionados à postura anti-colonialista e à construção de um cabedal intelectual autenticamente caribenho dominaram os estudos de história. Em geral, fazia-se em Barbados, tanto quanto na Jamaica e em Trinidad e Tobago (outros dois campuses da UWI) uma História Negra, ainda que isto fosse apenas um reflexo da história centrada em eventos nacionais, elaborada sob o ponto de vista da maioria negra da população, que demandava o fim da invisibilidade e a construção de uma narrativa histórica que refletisse a sociedade como um todo, rejeitando a história imperialista.

        Quase 50 anos depois, o departamento de história da UWI de Barbados tem orgulho de haver formado alguns dos mais eminentes políticos, entre eles alguns Primeiro Ministros, vários ministros de Estados e administradores de renome. Além disso, a universidade investe em recrutamento de especialistas e no intercâmbio internacional, o que impulsionou as pesquisas sobre História da África, com disciplinas enfocando a África Ocidental, a África do Sul, colonização e luta pela descolonização dos países Africanos, História das Mulheres Africanas, etc. Também construiu-se um patamar de excelência em História do Caribe com especializações em gênero, relações raciais, esportes, medicina, migrações, representações culturais e lutas trabalhistas.

 

 

Elaine Pereira Rocha, PhD 

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